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Diferenças entre a MTC e a medicina ocidental

Diferenças entre a MTC e a medicina ocidental

Como as duas medicinas trabalham em conjunto na China

03/08/2018 | 20:17


Medicina é medicina em qualquer lugar do mundo. A intenção em tratar problemas de saúde não muda de uma para outra, o que muda é a forma de abordar o indivíduo, no diagnóstico e no tratamento. Na minha opinião, a maior diferença entre a medicina chinesa e a medicina ocidental (ou alopática) é o fato de que a doença não é o foco da medicina chinesa, e sim o indivíduo como um todo.

Tanto em uma consulta com um médico ocidental como em outra com um médico de medicina chinesa, a primeira abordagem é a mesma: O que você está sentindo? A partir daí as coisas mudam. O médico alopata pode, dependendo do que o paciente falar, pedir exames laboratoriais e, em seguida, cruzar as informações para chegar ao diagnóstico e ao tratamento. Na medicina chinesa, podemos analisar resultados de exames para enriquecer nosso diagnóstico, mas eles não são a base para nossa avaliação. O diagnóstico da medicina chinesa leva em consideração a desarmonia dos órgãos. Cada síndrome envolve, no mínimo, dois órgãos, o que já mostra várias possibilidades de síndromes diferentes.

Vou dar um exemplo: em um milhão de casos de pessoas com gastrite, um médico ocidental possivelmente verá a gastrite como a liberação excessiva de ácido gástrico. Sob a ótica da medicina chinesa, a gastrite pode ser causada por frio, calor, ansiedade, irregularidade alimentar, ingestão de álcool, efeito colateral de medicamentos, etc. Em cada um desses casos, o tratamento é diferente. No caso de ansiedade, por exemplo, buscamos saber quais os órgãos estão em desarmonia, ajudamos esses órgãos a se regularem e acabamos com a causa do problema.

Outro exemplo comum é a dor de cabeça. Na medicina chinesa, as dores de cabeça são divididas por áreas. Uma dor de cabeça frontal indica um problema estomacal, já que ali se inicia o canal de energia que corresponde ao estômago, portanto, tratá-lo é fundamental. Se as dores forem nas têmporas, o problema está no fígado e na vesícula biliar, já que ali o nível energético tem relação com estes dois órgãos. É uma visão bem diferente da medicina alopática, concorda?

Uma medicina não é melhor do que a outra. Na verdade, elas se complementam. Na China, médicos de medicina chinesa têm a autonomia para tratar seus pacientes com qualquer uma delas, e dão essa opção aos seus pacientes. O paciente escolhe ser tratado com medicamentos alopáticos ou uma fórmula chinesa (composto fitoterápico chinês). Porém, uma fórmula receitada para um paciente nunca é igual a de outro paciente, mesmo que as síndromes sejam iguais, porque cada um tem características diferentes e é através delas que determinamos um tratamento individualizado e, o melhor, com chances mínimas de ter algum efeito colateral.

Na minha opinião, a medicina chinesa atua bem na prevenção de doenças e no equilíbrio do corpo. Tem ótimos resultados em tratamentos  de doenças crônicas em geral, efeitos colaterais de medicamentos, algumas doenças agudas, como gastrites, doenças ginecológicas, dores de cabeça, prevenção de doenças, eliminação de toxinas, harmonização de órgãos. A alopatia tem ação muito boa em doenças agudas infecciosas, doenças com febres altas, doenças  que precisam de ações com corticoides e outras doenças na fase aguda.

Algumas instituições de saúde já fazem uso de técnicas da medicina chinesa, entretanto, o tratamento em conjunto das duas medicinas ainda é tímido no Brasil, mas tem crescido, à medida que as pessoas se conscientizam que o equilíbrio do corpo é o melhor remédio para afastar doenças.